domingo, 6 de dezembro de 2015

O preço de uma decisão covarde


          Existem pessoas que passam por esta vida e logo após suas mortes, elas são rapidamente esquecidas. Existem  outras, porém, que são esquecidas antes mesmo de morrerem. A Bíblia fala de um jovem, cujo nome não se sabe, mas que se chegou a Cristo. Este jovem era uma pessoa sincera, seguidor da lei, observador da Palavra, e a Palavra de Deus diz que por causa de seu perfil, Jesus o amou, se agradou profundamente dele.

          Quando continuamos a olhar esta história, vemos Jesus fazendo uma proposta de coragem, de bravura e renúncias. "Venda tudo que tens e siga-me". Porém, aquele jovem tinha muitas posses, muita riqueza, e ele virou as costas, e foi embora, triste. E a Bíblia nunca mais falou dele. Quantas pessoas conhecemos, que por falta de coragem em suas decisões, viram as costas e vão embora? Muitas! Poderíamos enumerar muitos atos de covardia, que vimos e fomos testemunhas. E estas pessoas, as quais às vezes encontramos por aí, estão sempre de semblante triste e cabisbaixas.

Tem uma frase de um escritor inglês:
"O bravo morre apenas uma vez, o covarde morre todos os dias"

         Outro dia, estava lendo sobre um ranking muito interessante. Este artigo tratava dos homens mais "homens" do mundo, os mais machões, os que tiveram atos de bravura, de coragem, que tomaram decisões extremamente difíceis em sua vida. Estavam ali histórias realmente perturbadoras. Em terceiro lugar, por exemplo, havia um pistoleiro, que em seu leito de morte, com câncer terminal, conseguiu eliminar oito adversários que invadiram sua casa. Ele teve de decidir, se morria ou se escondia. Ele preferiu uma terceira opção: lutar. Em segundo lugar, era um homem de uma aldeia da África, destas que ficam no meio da savana infestada de leões. Um dia ele foi surpreendido por um leão no campo, no meio do nada. Sozinho, sem poder pedir ajuda, ele decidiu enfrentar. Ele matou o leão. Com as próprias mãos. E isto já bastaria para este homem ser o primeiro colocado no ranking. Mas não.

          O primeiro, o homem escolhido como o mais valente do mundo se chama Aron Ralston. Um jovem normal, de uma cidade qualquer do Arizona. Ele era alpinista, destas pessoas que vão passear nas montanhas, com cordas e ganchos, e sobem e descem, se divertindo. Era o que ele fazia. Porém, um dia ele atravessar uma fenda na rocha, e ele caiu dentro desta fenda. Com a queda, de muitos metros, uma rocha se desprendeu e veio sobre ele, prendendo sua mão entre a parede da fenda e aquela rocha monstruosa. Ele, entretanto, estava vivo. Por três dias ele ficou preso ali.

Imagem real que Aron fez com sua câmera
          Podemos imaginar, quanta coisa passou pela cabeça do jovem Aron nestes três dias. Ele tinha ao seu alcance uma câmera, na qual ele gravou um vídeo, para deixar para sua família, caso fosse encontrado somente muito tempo depois, já morto. Sem comida, sem água, sem remédios, o punho preso pela rocha, sem muito movimento, no meio do nada, sozinho em uma montanha, com a voz arrebentada de tanto gritar por socorro. Ninguém ouviu. Por três dias e três noites, e a única coisa útil que ele tinha agora era um canivete e uma mão inteira presa. Entao ele tomou uma decisão: ele começou a cortar seu braço, logo acima do punho. Ás vezes, precisamos de um ato de bravura para podermos sobreviver.

          Nem sempre temos muitas alternativas. Mas se acham que apenas cortar na carne é suficiente, preste atenção na história. Como ele não tinha espaço suficiente para cortar as juntas acima da mão, ele teve de utilizar a serra das costas do canivete, e assim ele serrou o osso do braço, logo acima da mão. Para que o ato de bravura dele não ficasse tão restrito, ele ainda escalou a fenda com apenas um braço, sangrando muito, achou o caminho de volta e foi salvo muitos quilômetros abaixo por uma família que acampava por ali.

         E o jovem que se chegou a Cristo não abriu mão da riqueza. Pessoas de hoje, que por amor a Cristo não são capazes de abrir mão de um vício, de companhias danosas, de um hábito, de um objeto, ou de coisas muito mais simples.  Qual é a diferença entre o destino destes, e daqueles que com bravura abrem mão de coisas muito importantes por causa do evangelho? Apocalipse 21:8 fala do destino reservado aos covardes, aos que não tem bravura de tomar uma decisão quando a vontade de Deus assim requer. O inferno é uma escolha muito mais difícil, e mesmo assim é por ela que muitos optam.

         O jovem Aron fez uma opção pela vida, e não apenas ganhou sua vida, mas também ganhou o título de homem mais valente do mundo. E simplesmente porquê teve coragem de cortar na carne aquilo que estava condenado ele à morte. Se existe qualquer coisa que possa estar te condenando à morte eterna, faça a decisão, corte na carne e não seja para sempre esquecido como um covarde, recebendo a condenação e as muitas mortes por recompensa. A melhor decisão é a que fazemos por seguir a Cristo.

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